Neem – princípios Bioativos e suas aplicações

A repelência contida na Azadirachtina e Salannim atinge mais de 195 espécies de insetos pelos extratos de Neem. Salientando-se que muitas dessas espécies de insetos, que já haviam se tornado resistente aos inseticidas sintéticos presentes no mercado, são perfeitamente controladas pelo Pó de Neem (*13).

As ações anti-bacterianas (vectores de várias doenças) e anti-viróticas presentes no Nimbidin e Quercetin, combatem as infecções e erupções cutâneas (eczemas) e feridas, possibilitando que o próprio organismo reaja e se restabeleça em suas funções imunológicas.

As propriedades Analgésicas, Anti-arrítmicas e Anti-ulcerativas atuantes no Nimbidin, trazem alívio imediato às dores gerais ou desconforto, equilíbrio aos batimentos cardíacos, estabilidade da pressão cardíaca, ações gastro protetoras e inibição da ulceração gástrica e feridas internas de mamíferos.

Com ação anticoagulante, os bioativos Nimbandiol e Nimbidol, auxiliam no restabelecimento dos rompimentos internos e externos dos vasos sanguíneos.

Potente bio-fungicida contido no Gedunim, Nimbandiol, Nimbidin e Nimbin, com efeitos fungitóxicosin-vitro(*4); tem efeito fungistático sobre fungos fitopatogênicos (*4), dentre eles Aspergillus flavus, Diaporthe phascolorum, Fusarium oxysporum, Fusarium solani, Fusarium verticillioides e Sclerotinia sclerotiorum (*5); atividade fungistática com inibição da produção de aflatoxina B1 em cultura submersa de Aspergillus spp aflatoxigênica (*6); inibição da formação de aflatoxina em Aspergillus parasiticus (*7). Análises por cromatografia demonstram inibição da produção de patulina pelo fungo Penicillium expansum (*8).

Ação Anti-histaminica e Anti-inflamatório presentes no Nimbidin, Nimbin e Quercetin combatem os inibidores de receptores H1 tratando alergias sazonais como febre do feno, urticária, conjuntivite alérgica, entre outras, com efeito dilatador sobre os vasos sanguíneos. Dessa forma, impedem as reações de edema (inchaço). Também no combate de receptores H2 especialmente os que estão situados na mucosa gástrica, no estômago. Eles são utilizados nos distúrbios ligados à úlcera do estômago e do duodeno, assim como nos casos de refluxo gastroesofágico e servem para diminuir a acidez gástrica. Proporcionam o desaparecimento dos edemas, desidratando os tecidos tumefeitos, por ativação da circulação local ou por vasoconstrição ou por coagulação das albuminas tissulares.

Os bioativos Desacetylnimbinase, Nimbandiol, Nimbenine e Quercetin, com seu alto poder de cicatrização, atuam em infecções por parasitas da pele e são inibidores da coagulação do sangue.

As propriedades Anti-maláricas e Vasodilatadoras presentes no bioativo Gedunim atuam no parasita humano da malária “Plasmodium falciparum”. O efeito anti-plasmodial ocorre também nos parasitas já resistentes a outras drogas antimaláricas (cloroquina e pirimetamina), sendo ativo não apenas contra as formas do parasita responsáveis pelos aspectos clínicos da doença, mas também contra as formas responsáveis pela transmissão da malária (*9) (*10). A vasodilatação permite uma redução da pressão sanguínea, disponibilizando maior espaço para o sangue.

As propriedades Anti-oxidantes contidas no bioativo Quercetin agem no antienvelhecimento da pele e do organismo. Também usado como conservante, interrompe as reações em cadeia dos radicais livres intermediários e inibe outras reações de oxidação, pelos agentes de redução, como os tióis, o ácido ascórbico ou polifenóis.(*11).

Nas ações Anti-piréticas dos bioativos Nimbidin eNimbidol, seus efeitos imunomoduladores agem diminuindo a temperatura corporal que está acima do normal, combatendo as infecções que originaram tal aumento de temperatura e facilitando a utilização máxima de proteínas para garantir o bom crescimento das células, juntamente com a sua reparação.

A ação Anti-protozoária presente nos bioativos Nimbidol e Quercetin combate e elimina os parasitas que atingem os órgãos de mamíferos infestados por Carrapato, Mosca-do-Chifre, Mosca Berneira, e vermes agindo em todas as fases (de Oviposição, larval, de vida livre) por contato, por ingestão e também por repelência juntamente com o bioativo Azadirachtina.

Contando com as propriedades Anti-reumáticas e Diuréticas do bioativo Sodion Nimbilante, o Neem auxilia nas dores e restrições dos movimentos ao longo dos músculos, tendões, articulações e cartilagens atuando nas inflamações dos membros. Também atua nos rins, controlando o volume e grau do fluxo urinário, e no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardíaca ou cirrose hepática (*12). 

As ações Tuberculásticas presentes no bioativo Nimbidol atuam no sistema imunológico controlando a multiplicação de bacilos geralmente causada pela bactériaMycobacterium tuberculosis. Os sintomas clássicos são tosse crónica com expulsão de sangue, escarro, febre e perda de peso.

Estudo toxicológico reprodutivo do Neem efetuado pelo Laboratório de Farmacologia e Toxicologia Pré-Clínica de Produtos Bioativos, Departamento de Fisio­logia e Farmacologia, CCB, Univer­sidade Federal de Pernambuco, utilizando o valor da dose letal média (DL50), segundo o método de Miller e Tainter (*2),  demonstram que o óleo de neem quando administrado por via oral nas doses de 0,625 a 5,0 g/kg, não produziu morte em ratos de ambos os sexos, não atingindo a dose letal, tanto na fase de pré-implantação da gestação, como nos valores da massa dos ová­rios e do número de corpos lúteos (hormônios no ovário), com uma produção normal de progesterona (*3). A EMBRAPA Agrobiologia em sua publicação 205 de 2005, evolui os estudos demonstrando que doses diárias orais até 13 g/kg e dermais até 10g/kg não causam mortes a mamíferos.

A partir destes estudos, observa-se que o óleo, que entre os subprodutos do Neem é o produto que apresenta a maior concentração de bioativos, tem baixíssima toxidade para os mamíferos.  Portanto as doses diárias recomendadas do Pó de Neem de 50 mg/kg de peso para dosagens individuais e de 500 gr/25kg (2% de Pó de Neem no sal/alimentos para 20 animais em média) para dosagens coletivas significam 0,001% de toxidade, praticamente nula com tendência a zero.

Dosagem coletiva: misturar na alimentação na proporção de 1% a 2% do Pó de Neem em relação a alimentação . Por exemplo, em um saco de 25 kg de sal mineral/engorda, misturar de 250 a 500 gramas de Pó de Neem. Dosagem individual: misturar o Pó de Neem na alimentação de cada animal. Por exemplo, na ração quando as vacas leiteiras estão nas baias de coleta de leite, misture bem no cocho com a ração 1 grama para cada 20 kg de peso (50 mg por kg de peso) na alimentação diária.  Exemplo: uma vaca com aproximadamente 500 kg, misturar 25 gramas de Pó de Neem.

O Neem não deixa resíduos na carne nem no leite, não necessita de período de carência, o que resulta em aproveitamento total da produção, sem perdas.

O Neem gera produtos 100% naturais com características de Excelência e Sustentabilidade:

  • É biodegradável, não agride o meio ambiente;
  • Não é corrosivo, não volátil e não inflamável;
  • Não é tóxico para seres humanos e animais, como os produtos sintéticos;
  • Não tem ação fitotóxica;
  • Não é tóxico às abelhas melíferas, formigas, minhocas e joaninhas;
  • Tem efeitos seletivos sobre os organismos-alvo;
  • É inócuo à maioria dos insetos benéficos.

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Fontes:

  • (*1) Lyra, M. M. A.; Costa-Silva, J. H ; Lima, C. R.; Arruda, V. M.; Araújo, A. V.; Ribeiro e Ribeiro, A.; Arruda, A. C.; Fraga, M. C. C. A.; Lafayette, S. S. L; Wan­derley, A. G (2006). Estudo toxicológico reprodutivo da Aza­dirachta indica A. Juss. (Neem) em ratas Wistar Univer­sidade Federal de Pernambuco.;
  • (*2) MILLER, L.C.; TAINTER, M.L (1944). Estimation of the ED50 and error by means of logarithmic probit graph paper. Proceedings of the Society for Experimental Biology and Medicine, v.57, p.261-264.;
  • (*3) CHANG, C.V.; FELÍCIO, A.C.; REIS, J.E.P.; GUERRA, M.O.; PETERS, V.M.(2002) Fetal toxicity of Solanum lycocarpum (Solanaceae) in rats. Journal of Ethnopharmacology, v.81, p.265-269.;
  • (*4) Hirose, E., P.M.O.J. Neves, Zequi, J.A.C, L.H. Martins, C.H. Peralta & J.A. Moino (2001) Brazilian Arch. Biol. Technol. 44: 419-23.;
  • (*5) Carpinella, M.C., L.M. Giorda, C.G. Ferrayoli & S.M. Palacios (2003) J. Agric. Food Chem. 51: 2506-11.;
  • (*6) Zeringue, H.J.J., B.Y. Shih & D. Bhatnagar (2001) Phytoparasitica 29: 361-6.;
  • (*7) Allameh, A., A.M. Razzaghi, M. Shams, M.B. Rezaee & K. Jaimand (2002) Mycopathol. 154: 79-84.;
  • (*8) Mossini, S.A.G.; K.P De Oliveira, & C. Kemmelmeier. (2004) J. Basic Microbiol. 44: 106-13.;
  • (*9) Dhar, R., K. Zhang, G.P. Talwar, S. Grag & N. Kumar (1998) J. Ethnopharmacol. 61: 31-9.;
  • (*10) Khalid, S.A., H. Duddeck & M. Gonzales-Sierra (1989) J. Nat. Prod. 52: 922-27. ;
  • (*11) Sies, Helmut (1997). «Oxidative stress: Oxidants and antioxidants». Experimental physiology. 82 (2): 291–5. PMID9129943.;
  • (*12) Goodman & Gilman (2005). As bases farmacológicas da terapêutica. [tradução da 10. ed. original, Carla de Melo Vorsatz. et al] Rio de Janeiro: McGraw-Hill.;
  • (*13) Lindquist et al., 1990; Menn, 1990 ambos in Howatt, 1994.;
  • CHOPRA, R.N. (1958) The nim (Melia azadirachta L. – Meliaceae). In: CHOPRA, R.N. Indigenous drugs of India. 2.ed. Nova Delhi: Academic Publishers, 1958. p 360-363;
  • SIDDIQUI (1942);
  • EMBRAPA – Circular Técnica 62 – ISSN 1678-9636/2003 – Cultivo e Utilização do Nim Indiano (Belmiro Pereira das Neves e outros). https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/CNPAF/21626/1/circ_62.pdf
  • NEEM FOUNDATION  http://www.neemfoundation.org .

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