Os vermes são os principais parasitas dos animais de produção e causam o maior prejuízo para o setor produtivo. Estima-se que os prejuízos causados pelos parasitas em geral são da ordem de 13,96 bilhões de dólares, enquanto os vermes são responsáveis por mais de 50% dessa cifra, 7,11 bilhões de dólares (Grisi et al., 2014). Como parasitam internamente os animais, os vermes ficam longe de nossa visão e, por isso, muitas vezes seus prejuízos são subestimados.
Anualmente os pecuaristas brasileiros gastam milhões de reais no controle de verminoses. A cifra não significa que o controle seja conduzido da maneira mais eficiente na maioria das fazendas. Segundo a EMBRAPA, 84% dos fazendeiros escolhem a época do tratamento contra vermes ao acaso e 96% tratam todo o rebanho. O resultado dessas escolhas ineficientes são altos gastos e prejuízos com parasitoses clínicas e sub-clínicas no rebanho, que podem até causar mortes, implicando em desempenho aquém do potencial dos animais.
Os animais infestados expelem ovos dos parasitos nas fezes. Na pastagem, em condições de alta umidade e temperatura, os ovos dão origem às larvas, que se desenvolvem no bolo fecal até se tornarem larvas infectantes. As larvas infectantes sobem no capim, atraídas pela umidade das chuvas e orvalho e pela luz. Ao pastarem, os animais ingerem o capim com as larvas, infectando-se e fechando o ciclo.
Os vermes parasitam principalmente os órgãos do sistema digestório dos animais como o abomaso, rúmen e intestinos grosso e delgado. Os principais parasitas internos, os locais parasitados, períodos de aparecimento nas fezes após ingestão pelos bovinos e quantidades de parasitas para infestação estão representados na tabela abaixo. A dinâmica populacional dos vermes varia de acordo com a época do ano. Um ambiente propício para a criação de animais também é um ambiente propício para a população de parasitas (*1):
Nome Científico Vermes | Contaminação | Órgão | Aparecimento nas fezes | Infestação LEVE | Infestação MÉDIA | Infestação ALTA |
Paramphistomum (HD) | Água e ovos contaminados pelas fezes | Rumen e Réticulo | 48 a 95 dias | <10 | 10-25 | 25-50 |
Ostertagia spp. | Água e ovos contaminados pelas fezes | Abomaso | 16 a 23 dias | <150 | 150-500 | >500 |
Haemonchus placei (HD) | Água e ovos contaminados pelas fezes | Abomaso | 16 a 23 dias | <200 | 200-500 | >500 |
Trichostrongylus axei | Água e ovos contaminados pelas fezes | Abomaso e ID | 16 a 23 dias | <50 | 50-300 | >3.000 |
Cryptosporidium parvun +comuns | Água e ovos contaminados pelas fezes | Abomaso e ID | 3 a 5 dias | ND | ND | ND |
Strongyloides papillosus | Água e ovos contaminados pelas fezes | ID | 1 a 2 semanas | – | – | >10.000 |
Toxocara vitulorum | Larva pelo leite materno | ID | NA | ND | ND | ND |
Cooperia punctata | Água e ovos contaminados pelas fezes | ID | ND | <500 | 300-3.000 | >3.000 |
Cooperia curticel | Água e ovos contaminados pelas fezes | ID | ND | <500 | 300-3.000 | >3.000 |
Nematodirus spp. | Água e ovos contaminados pelas fezes | ID | ND | ND | ND | ND |
Bunostomun sp. | Água e ovos contaminados pelas fezes | ID | ND | <20 | 20-100 | >100 |
Capillaria bovis | Ingestão carne porco crua | ID | ND | ND | ND | ND |
Moniezia sp. (HD) | Ingestão carne porco crua | ID | 40 dias | ND | ND | ND |
Giardia intestinalis | Cisto contaminado pelas fezes | ID | ND | ND | ND | ND |
Eimeria (bovis e zuernii) +comuns | Água e ovos contaminados pelas fezes | ID e IG | 12 a 18 dias | ND | ND | ND |
Oesophagostomum radiatun | Água e ovos contaminados pelas fezes | IG | 2 meses | 50-150 | 150-500 | >500 |
Trichuris spp. | Verme do Chicote Oviposição bolo fecal | IG | 2 meses | ND | ND | ND |
Cisticercose (HI) | Ingestão carne porco crua | Musculatura | ND | ND | ND | ND |
Sarcocystis spp | Cães que comem carne | Locomotor | NA | ND | ND | ND |
Toxoplasma gondi | Água e ovos contaminados pelas fezes | Locomotor | ND | ND | ND | ND |
Fasciola hepatica | Caramujo bolo fecal | Fígado | 10 a 12 semanas | <10 | 10-25 | 25-50 |
Echinococcus granulosus (HI) | Água e ovos contaminados pelas fezes | Figado | ND | ND | ND | ND |
Eurytrema coelomaticu | Água e ovos contaminados pelas fezes | Pâncreas | ND | ND | ND | ND |
Dictyocaulus viviparus | Água e ovos contaminados pelas fezes | Pulmão | 22 a 25 dias | ND | ND | ND |
Babesia | Água e ovos contaminados pelas fezes | Circulatório | 14 a 70 dias | ND | ND | ND |
Trypanosoma spp. | Água e ovos contaminados pelas fezes | Circulatório | ND | ND | ND | ND |
Tritrichomonas foetus | Sistema Reprodutor | Reprodutor | NA | ND | ND | ND |
Neospora caninum | Sistema Reprodutor | Reprodutor | NA | ND | ND | ND |
Eurytrema coelomaticum | Gafanhoto (HI) | Todos acima | = | = | = | = |
Tabela – Infestação teste de OPG (ovos por grama) (*2). sp.=espécie spp.=espécies (HD)=hospedeiro definitivo (HI)=hospedeiro intermediário
O tratamento com o Pó de Neem (misturado na alimentação dos bovinos-sal, ração, silo na proporção de 1% a 2% do Pó de Neem em relação a alimentação para dosagem coletiva. Por exemplo em um saco de 25kg de sal mineral/engorda, misturar de 250 a 500 gramas de Pó de Neem para 20 animais em média). Para dosagem individual o Pó de Neem quando misturado para cada animal, exemplo da ração quando as vacas leiteiras estão nas baias de coleta de leite, misture bem no cocho com a ração 1 grama para cada 20 kg de peso (50 mg por kg de peso) na alimentação diária. Exemplo: uma vaca com aproximadamente 500kg, misturar 25 gramas de Pó de Neem, para vermes, atua diretamente no sangue dos bovinos, combatendo-os desde sua fase inicial, quando são ingeridos na pastagem, ou na água contaminada, interrompendo o processo reprodutivo dos parasitas com os princípios ativos do Neem. Este princípio ativo é ainda eliminado nas fezes dos animais e mata as larvas dos insetos que fazem a oviposição no bolo fecal.:
- Azadirachtin: Repelente.
- Nimbin: Anti-inflamatório, anti-pirético, anti-histamínico e anti-fungíco.
- Nimbidin: Anti-bacteriano, anti-ulcerativo, analgésico, anti-arrítmico, anti-fúngico e anti-virótico.
- Nimbidol: Anti-protozoário e anti-pirético.
- Salannim: Repelente.
- Quercetin: ação anti-protozoária, anti-oxidante, anti-inflamatório e bactericida.
Também no alto poder de cicatrização do Neem com seus princípios ativos (Nimbenine, Desacetylnimbinase, Nimbandiol, Nimbolide) que atuam em infecções por parasitas da pele que são inibidores da coagulação do sangue.
O Neem não deixa resíduos na carne, nem no leite, não necessita de período de carência, o que resulta aproveitamento total da produção, sem perdas.
O Neem gera produtos 100% naturais com características de Excelência e Sustentabilidade:
- É biodegradável, não agride o meio ambiente;
- Não é corrosivo, não volátil e não inflamável;
- Não é tóxico para seres humanos e animais, como os produtos sintéticos;
- Não tem ação fitotóxica;
- Não é tóxico às abelhas melíferas, formigas, minhocas e joaninhas;
- Tem efeitos seletivos sobre os organismos-alvo;
- É inócuo à maioria dos insetos benéficos.
Veja também como combater o ciclo reprodutivo dos principais causadores da proliferação dos vermes: o Carrapato a Mosca-do-Chifre e a Mosca Berneira.
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Fontes:
- (*1) Heckler et al – (2016).;
- (*2) Gordon e Whitlock – (1939)
- CHOPRA, R.N. (1958) The nim (Melia azadirachta L. – Meliaceae). In: CHOPRA, R.N. Indigenous drugs of India. 2.ed. Nova Delhi: Academic Publishers, 1958. p 360-363;
- SIDDIQUI (1942);
- EMBRAPA – Circular Técnica 62 – ISSN 1678-9636/2003 – Cultivo e Utilização do Nim Indiano (Belmiro Pereira das Neves e outros). http://www.cnpaf.embrapa.br/transferencia/informacoestecnicas/publicacoesonline/circulartecnica_62.pdf
- NEEM FOUNDATION http://www.neemfoundation.org
Atenção! As Informações neste site não substituem cuidados médicos. Sempre que necessário procure um veterinário!