Fevereiro Roxo Pet e a Saúde Preventiva em Animais Idosos

Fevereiro Roxo

Fevereiro Roxo Pet é uma campanha que dedica um olhar especial para os animais idosos, conscientizando de suas particularidades e como podemos oferecer qualidade de vida e saúde, sobretudo pensando em doenças mais comuns nessa época da vida.

Nesse post, vamos entender melhor o que é o fevereiro roxo pet e quais cuidados com pet idoso podemos ter em casa!

O que é o fevereiro roxo pet?

Fevereiro se decora de roxo para chamar a atenção para os pets idosos e doenças específicas que acometem animais nessa idade. O roxo simboliza a variedade de enfermidades, especialmente cognitivas que precisam de atenção desde os primeiros sinais. Por isso, a campanha busca levar consciência e conhecimento aos tutores sobre doenças como: 

  • Casos oncológicos com câncer em pets são cada vez mais comuns, conforme nossos pets vivem mais.
  • E doenças neurodegenerativas comuns com a idade, mas uma novidade para muitos tutores que precisam aprender a lidar com esses quadros.

Além de sinais importantes que precisam de todo cuidado, como as convulsões em cães.

Cuidados com pet idoso

Embora possa variar um pouco de acordo com o porte da raça, em geral um cachorro é considerado idoso a partir dos 8 anos de idade, assim como os gatinhos. Assim como nos humanos, nessa fase é comum aparecer sinais da idade refletindo na saúde do pet e aparecerem problemas como:

  • Osteoporose e outros problemas articulares
  • Ganho ou perda de peso excessivo
  • Diminuição da vontade de brincar, geralmente causado por dores ortopédicas
  • Tumores
  • E doenças neurodegenerativas

Alzheimer pet

Embora a gente conheça como o Alzheimer, o nome correto da doença é Síndrome da Disfunção Cognitiva. Esta ocorre pelo envelhecimento dos neurônios que afeta o funcionamento cerebral do pet. Mas porque nem todos os pets idosos manifestam essa síndrome?

Segundo estudos, o Alzheimer pet acontece conforme há o acúmulo de uma proteína tóxica no cérebro chamada amilóide. Portanto, quanto maior o acúmulo de amilóide, maiores são os danos causados ao cérebro do pet. Então, em animais com maior quantidade, percebemos os sinais do Alzheimer em pets. Além disso, o agravamento da doença também está relacionado com o aumento da proteína.

Conheça os sintomas de Alzheimer em pet:

  • Desorientação: o pet fica confuso no ambiente, anda cambaleando, muitas vezes em círculo
  • Mudanças de comportamento rápidas.
  • Aos poucos deixa de reconhecer pessoas e vozes.
  • Tende a latir mais, entre outras vocalizações a depender da raça e do comportamento natural do pet, como uivar e chorar.
  • Erra o lugar das necessidades com frequência
  • Aumento de ansiedade
  • Aumento de medos e fobias
  • Deixa de se interessar e entender brincadeiras e interações sociais que antes eram comuns.

Ao perceber qualquer sinal de Alzheimer pet, consulte um veterinário. O grande apelo do Fevereiro Roxo Pet é esse: conscientização para diagnóstico e tratamento precoce. Afinal, quanto antes diagnosticar, melhores as chances do pet.

E você pode tentar prevenir doenças neurodegenerativas nos pets por meio de enriquecimento ambiental! Embora não se tenha meios preventivos com comprovações científicas, sabe-se que quanto mais ativo cognitivamente for o pet, menores as chances dele ter problemas neurológicos ao longo da vida. E do mesmo modo, para animais que já manifestam algum problema primário ou secundário (como por sequela de cinomose), ter um exercício cognitivo ajuda a desenvolver o cérebro e dar qualidade de vida ao pet.

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Câncer em cachorro

Infelizmente cada vez mais vemos nossos pets sendo acometidos pelos temidos tumores malignos, o câncer. E sim, ainda pensando no cuidado cerebral dos nossos pets quando idosos, o tumor cerebral em cães é uma realidade e atinge principalmente animais de meia idade a idosos. Embora possa acontecer em animais bastante jovens também.

Quanto à predisposição, cadelas e gatos machos têm uma ligeira predominância, mas nada muito relevante que descarte qualquer cuidado com cachorros machos ou gatas. Quanto às raças de cachorro, pode-se dizer que Boxer, Golden Retriever, Doberman, Scottish Terrier e Pastor Inglês têm maior predisposição ao câncer no cérebro.

Como os animais não conseguem nos dizer quando se sentem desconfortáveis, é essencial estarmos alertas para sinais importantes que podem indicar a presença de um tumor. Os primeiros sinais são internos e não conseguimos perceber, como:

  • Sinais primários como infiltração do tecido encefálico, gerando compressão das estruturas adjacentes, interrupção da circulação sanguínea e necrose na área atingida pelo tumor.
  • E sinais secundários como hidrocefalia obstrutiva, aumento da pressão intracraniana, edema e herniação cerebral (quando o cérebro é pressionado contra os ossos do crânio).

Nos sinais secundários é possível ter alguma percepção por possível inchaço da cabeça ou se o animal apresentar sinais de enxaqueca, devido a dor causada pela hidrocefalia ou pela herniação cerebral.

Entretanto, em todos os casos, com o desenvolvimento dos sinais, o animal vai apresentar alguma disfunção cognitiva, como a:

  • Mudança brusca de comportamento que se prolonga por muito tempo.
  • Ver o pet pressionando a cabeça contra a parede ou objeto
  • Andar em círculos
  • Cegueira ou perda parcial da visão.
  • Ausência de reflexos
  • Déficit de propriocepção entre outros

Ao observar qualquer sinal, consulte o veterinário de confiança para investigação e tratamento o quanto antes. 

Convulsões em cães

Embora muitos tutores achem que as convulsões são o problema em si, na verdade a convulsão é um sintoma de alguma patologia que vai desde um câncer cerebral a epilepsia.

Convulsões são descargas elétricas que acontecem do cérebro para os músculos e normalmente dura de 1 a 2 minutos, porém em raros casos pode se prolongar em até 10 minutos. Durante esse tempo o animal está descontrolado de seus impulsos e reações. Por isso não é aconselhável pegar o animal no colo. Ao invés disso, a recomendação veterinária é:

  • Coloque uma almofada ou travesseiro embaixo da cabeça do pet. Assim, vai amortecer os impactos da cabeça no chão, diminuindo os efeitos da crise no cérebro, além da dor de cabeça posterior.
  • Se conseguir, puxe a língua do pet para fora, para que ele não sufoque com a própria língua.
  • Acione o médico veterinário do pet o quanto antes.
  • Ao perceber que a crise finalizou, você pode pegar o pet no colo para socorrer, por exemplo.

A causa das convulsões em cães devem ser investigadas para o tratamento adequado da doença e também para diminuir as crises de convulsão que geram danos cerebrais. Para isso, o veterinário pode solicitar administração de medicações, ajustes de ambientes e até sessões de acupuntura podem ajudar o pet.

A saúde dos nossos pets depende do nosso conhecimento, cuidado a atenção aos sinais básicos do pet. Neste Fevereiro Roxo, não deixe de observar seu pet e lembre-se: check-up preventivo ajuda muito a diagnosticar até antes de sinais nítidos.

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