A mastite bovina é uma das principais doenças que atingem o gado leiteiro. Por isso é necessário ter um cuidado maior. Até porque, se o animal não for tratado ele poderá vir a óbito. Além disso, a mastite bovina prejudica a saúde não só da vaca afetada, como pode afetar todo o rebanho, pois é contagiosa.
Vamos conhecer um pouco mais sobre esta doença?
O que é a mastite bovina
A mastite bovina é caracterizada como uma inflamação que ocorre no tecido da glândula mamária. Isto pode ocorrer por conta de lesões no úbere (que é a mama completa da vaca), traumas e até mesmo devido algum produto químico. Porém, grande parte das vezes estão ligadas a contaminações de um ou mais tetos (parte da mama onde fica armazenado o leite). Ela ocorre geralmente por conta de bactérias, porém, fungos, leveduras e algas também podem ser as causadoras.
A mastite pode ocorrer em outras espécies de mamíferos também, inclusive em humanos.
Sintomas da mastite
A mastite bovina é dividida em três tipos e cada tipo apresenta um sinal clínico característico. Os tipos são:
- Mastite clínica: apresenta sinais visíveis de inflamação e edemas no ubere. Além de aumento da temperatura da glândula mamária. Ocorre também dor e endurecimento da glândula, podendo aparecer pus, sangue, grumos ou qualquer outra alteração no leite. Se for um quadro agudo podem ocorrer reações como febre, hipotensão, anorexia. Normalmente é a mastite onde ocorre maior perda de leite e corre-se o risco de perder a funcionalidade da mama e até o animal vir a óbito;
- Mastite subclínica: os sinais não são visíveis nas glândulas mamárias e não há alteração no leite. Por conta disso, geralmente acabam passando despercebidas pelos produtores de leite;
- Mastite crônica: é uma forma persistente de infecção no úbere, que pode durar de dias a meses, podendo levar a fibrose e atrofia das mamas.
Estes são os três tipos de mastite bovina que existem, porém, podemos ficar alertas a alguns sintomas mais simples que podem significar que o animal tem mastite como:
- Diminuição na produção do leite;
- Vermelhidão, dor ou inchaço no úbere e tetos;
- Presença de grumos ou pus no leite;
- Alteração no comportamento do animal
- Febre
- Perda de apetite
- Animal vem a óbito
É uma doença que pode ser fatal, pois muitas vezes pode acabar passando despercebida pelo produtor ou até mesmo para quem tem uma vaquinha em casa que está com bezerro. Por isso é bom ficar alerta no que pode causar a mastite bovina.
O que causa a mastite
Assim como os sintomas podem ser diferentes devido ao tipo de mastite, as causas podem ser diferentes também. Temos duas causas para a mastite bovina e elas são:
- Mastite contagiosa: ela é causada por microorganismos que vivem no corpo do animal, ele é transmitido através de uma vaca doente para uma outra saudável no rebanho. É extremamente comum que a contaminação ocorra durante a ordenha, principalmente em mastites subclínicas e crônicas. Os principais agentes de mastite bovina contagiosa são: Streptococcus agalatiae, Corynebacterium bovis e Staphylococcus aureus.
- Mastite ambiental: esta contaminação ocorre quando o ambiente onde os animais dormem ou deitam está contaminado. Este tipo de contaminação leva principalmente aos casos de mastite clínica e seus principais causadores são divididos em dois grupos: os coliformes (Escherichia coli, Klebsiella sp e Enterobacter sp) e os Streptococcus ambientais (Streptococcus uberis e Streptococcus dysgalactiae).
Estas são as duas principais causas da mastite bovina e que podem ser prevenidas.
Como prevenir a mastite
Não existem dúvidas de que a mastite bovina é um problema multifatorial, que envolve os tipos de microorganismos presentes, o ambiente e o manejo. Por isso o National Mastitis Council definiu dez pontos para o controle efetivo da mastite. Estes pontos são:
- Defina metas para saúde da glândula mamária na propriedade;
- Proporcionar um ambiente limpo e confortável para os animais;
- Realizar um manejo correto da ordenha: realizar os testes da caneca de fundo preto, desinfecção dos tetos antes da ordenha, secagem dos tetos com papel toalha descartável, colocação dos tetos de forma que evite entrada excessiva de ar e a desinfecção dos tetos após a ordenha;
- Realizar a manutenção dos equipamentos de ordenha de forma correta;
- Ter frequência na coleta de dados do animal, como o CCS individual (contagem de células somáticas) e casos clínicos;
- Fazer um manejo efetivo dos casos clínicos;
- Realizar a terapia da vaca seca ao final da lactação, tratar todos os animais com antibioticoterapia para prevenir novos casos e eliminar os subclínicos;
- Cuidado na hora de inserir novos animais no rebanho, visando a biosseguridade;
- Monitorar os dados da fazenda;
- Revisar periodicamente o Programa de Controle
Se houver este controle na fazenda, reduzirá muito o número de animais infectados, visando assim melhorar a qualidade e a quantidade do leite produzido.
Diagnóstico da mastite
É necessário e de extrema importância entender que o diagnóstico da mastite bovina deve acontecer de forma rápida e eficaz, pois é altamente contagiosa. Existem três formas de realizar a confirmação da doença. Sendo elas:
- Teste de caneca de fundo preto: é realizado, pois pode-se observar o contraste do branco do leite com o preto da caneca, fazendo com que alterações macroscópicas como presença de sangue, coágulos, pus ou grumos fiquem mais visíveis. Podendo assim auxiliar no diagnóstico da mastite. Este teste deve ser realizado toda vez antes de começar a ordenha;
- Contagem padrão em placas (CPP): é a contagem de microorganismos que são capazes de formar colônias através do meio de cultura, este teste demora em média 72 horas. Sendo assim ele avalia a quantidade de microorganismos presentes no leite;
- Contagem de células somáticas (CCS): indica que ocorreu descamação das células do epitélio da glândula mamária por conta de uma infecção. Este teste deve ser realizado mensalmente em cada vaca que está em lactação.
Estes são os testes que devem ser realizados no rebanho para um controle e diagnóstico de mastite bovina.
Neem na mastite
O Neem é um excelente aliado na mastite bovina, ele possui ação bactericida, fungicida, anti inflamatória, tem um alto poder de cicatrização e pode atuar em outras áreas. Ele é capaz de reduzir a incidência dos quadros de mastite bovina inclusive nas épocas do ano que geralmente ocorrem mais casos como de Outubro a Dezembro. Por ele ser inseticida e anti séptico natural ele elimina e repele os vetores, evitando a contaminação secundária e facilitando a cicatrização.
O Neem possui inúmeros benefícios para o gado leiteiro, inclusive auxilia a aumentar a quantidade e qualidade de leite produzido, aumenta a imunidade do gado e previne inúmeras doenças.
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