Gato gordo: o que fazer?

Estima-se que cerca de 30% da população felina no Brasil sofra com a obesidade! Esse número é alarmante e precisa ser entendido como um cuidado fundamental com nossos bichanos para preservar a saúde, qualidade de vida e longevidade dos nossos gatinhos. Ter um gato gordo em casa não é bonito e não é fofo! Obesidade em gatos é uma doença que pode atrair outros problemas de saúde.

Gato gordinho

É comum vermos um gatinho gordinho e pensarmos: “Que fofo, dá vontade de apertar!”, não é verdade? Logo lembramos do Garfield e isso fica ainda mais intenso. Mas a verdade é que um gato gordo não é feliz! Isso porque ele sofre com problemas articulares, tem dificuldade para se movimentar, maior predisposição a alguns tipos de tumores e ainda pode desenvolver problemas no sistema respiratório e vascular.

Tanto o cachorro como o gato gordo tem em média 2 anos de sua vida ceifados por conta do excesso de peso e das complicações que isso traz. Por isso é tão importante cuidar da alimentação, controlar o peso e manter uma rotina saudável com seu pet.

Motivos para a obesidade felina

Muitas vezes não percebemos que o gatinho está ganhando peso e quando menos esperamos está lá aquele gato gordo e preguiçoso em cima do sofá. Mas como a acontece a obesidade felina? Veja só os principais motivos:

Alimentação desregrada

Assim como nós humanos, o seu gatinho precisa de uma dieta balanceada, rica em vitaminas e proteínas. Por isso ter uma ração de qualidade e consumo da porção ideal para o porte e idade dele é importante para manter a saúde e o peso ideal.

Claro que petiscos fazem parte da vida felina, mas eles precisam ser moderados e sempre que oferecidos é importante entender que o seu gato está consumindo calorias em excesso para a sua alimentação diária e que isso deve ser compensado de outro modo. Por exemplo, você pode brincar com ele para que ele se se exercite e perca calorias, ou pode diminuir parte da porção de ração do dia para equilibrar o consumo diário de alimento.

Outra preocupação importante que devemos ter é a qualidade da alimentação para evitar um gato gordo em casa. Tanto a ração como os petiscos devem ser preferencialmente super premium, pois são alimentos com maior riqueza de nutrientes e com nível de sódio e calórico moderado. Isso contribui para uma alimentação saudável.

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Falta de atividade física

A falta de atividade física na vida felina pode levar seu peludo à obesidade felina. É comum que gatinhos prefiram ficar quietos num cantinho, largados no sofá ou em cima de algum móvel. Isso porque falta motivação para se exercitarem, visto que seus instintos felinos de caça e fuga são satisfeitos pelos humanos, quando não há movimentação em casa (logo não é preciso fugir de nada) e o alimento vem fácil (então não é preciso se esforçar para tê-lo).

Por isso é importante incentivar seu gatinho a se movimentar diariamente, como brinquedos, joguinhos e atividades de enriquecimento ambiental felino. Outra dica importante é o que chamamos de gatificação! Ou seja, criar um ambiente favorável para atender ao instinto do gato de se movimentar, subir, se esconder em tocas e nichos, etc., dentro de casa. Se você puder ter prateleiras, nichos e outros elementos nas paredes de casa, certamente o seu gato vai se movimentar mais, pois são recursos atraentes para a espécie.

Consultas ao veterinário

Muitas vezes olhamos nosso gatinho e ele nos parece super saudável, está “apenas” meio gordinho. Porém, muitas vezes esse “gato gordinho” não é uma consequência do excesso de petisco e sim de uma doença grave: o hipotireoidismo em gatos, que só pode ser identificada com consultas ao veterinário. Por isso é tão importante ter uma rotina de consultas para acompanhar a saúde felina, prevenindo doenças e tratando assim que elas aparecem. 

Além do hipotireoidismo, um gato obeso pode apresentar outras enfermidades tão preocupantes quanto, como diabetes, hipertensão arterial, colesterol, problemas ósseos e articulares. E todo esse quadro gera sofrimento para o felino e encurta a vida dele. Por isso é tão importante ter visitas de rotina ao veterinário para promover vida longa aos gatinhos.

Idade avançada ou gatos castrados

Por fim, conforme a idade chega, é comum que os gatinhos ganhem um pouco de peso, pois o metabolismo vai ficando mais lento e a atividade física vai diminuindo, inclusive por problemas de saúde. Essa diminuição de exercícios e excesso de peso também acontece com gatos castrados. Por isso é importante oferecer uma opção de ração para cada fase da vida! Já há opções de ração para gato castrado e também para gatos sênior, equilibrando a nutrição e consumo de calorias para cada fase da vida felina, deixando-os o mais saudáveis possível.

Como saber se meu gato está obeso?

Será que o seu gato está obeso? Para identificar quando o excesso de fofura ou o gato esbelto demais tem um problema é preciso analisar o formato do corpo dele: o quanto as costelas, cintura e abdômen são visíveis ou palpáveis. De modo resumido podemos definir o nível do peso do gato de muito magro à obeso em 5 etapas:

  1. Um gato muito magro mostra as costelas e tem o abdômen muito retraído, por falta de camada de gordura e muscular. 
  2. Um gato com peso ideal não tem as costelas visíveis, mas são facilmente palpáveis. Ele tem a cintura evidente e uma leve reentrância no abdômen, preenchida em parte por uma pequena camada de gordura, modelando bem o corpo de um gato saudável.
  3. O gato acima do peso tem as costelas escondidas pela camada de gordura. Mas ainda é possível sentí-la apalpando (com menos facilidade). A cintura não é bem desenhada e a reentrância abdominal é muito leve.
  4. Enquanto o gato com sobrepeso tem as costelas já bem difíceis de serem apalpadas, a cintura é muito leve e a reentrância abdominal é substituída por um abdome arredondado, se tornando depósito de gordura.
  5. Por fim, um gato obeso não mostra mais as costelas nem apalpando e não possui cintura. Enquanto a distensão abdominal vai de leve a grande de acordo com o quão obeso já está, criando um depósito de gordura cada vez maior.

Como tratar obesidade em gatos?

Se você sentir que o seu gato está acima do peso é hora de marcar uma consulta com seu veterinário de confiança! Lá ele fará uma série de exames e perguntas para entender a origem dos quilinhos a mais do seu gatinho e fechar um diagnóstico. Com isso será possível prescrever um tratamento com adequação da dieta felina, atividade física e, se o seu gato gordo tiver qualquer problema de saúde, um tratamento em paralelo ao processo de emagrecimento pet, para que a saúde felina se estabilize.

Já há rações com foco em obesidade felina que tem como principais características:

  • Diminuição de calorias.
  • Croquetes (os grãos) aerados, para dar volume de alimento, com menos calorias.
  • Alta fonte de fibras, que promove saciedade.
  • Fonte de proteína animal nobre que alimenta e ajuda a emagrecer.

Além disso o manejo alimentar será adaptado. Além de saber como trocar a ração do seu  gato de forma ideal, é importante dividir a porção diária em 5 momentos do dia, para que o pet esteja sempre alimentado, mesmo comendo menos calorias ou menores porções diárias.

Outra dica importante são os queridos sachês para gatos! Eles amam, ficam bem nutridos, ajuda na hidratação e tem baixíssimas calorias porque, em geral, eles têm grande quantidade de líquidos e proteína animal. 

Ah, leia também nosso post sobre o que seu gato não pode comer!

E lembre-se essas são prováveis escolhas para o tratamento do seu pet. Porém, é FUNDAMENTAL que seja orientado por um veterinário, inclusive para não tratar apenas o excesso de peso e deixar de lado a causa dele, que pode ser uma enfermidade que logo volta a se manifestar e você terá um gato gordo novamente, ok?

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